quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Baby Inatingível

Veste azul...
Celeste, piscina, água.
Escuro céu, azul de mar, turquesa...
Céus sobre rios,
Rio saboreado por mares,
Rio alimentando olhares,
Teus lugares... Impares...
Boemia e sobejos
Sobre os beijos
Soltos nos asfaltos
Saltos altos
Unhas negras...
Baby veste azul,
Cruza as fronteiras
Atravessa mundos
Azuis em desmantelos
Derrama-se por calçadas,
Carlos Pena Filho era de um azul tão lindo...
Embebeda-se com notícias,
Dança em azul os blues
Entoados nos anos quarenta.
Aos trinta anos
Quase nada se acrescenta,
Veste azul
E principia
Outros périplos
Azul piscina
Azul de sina
Azul setentrional
Azul de aridez no matagal
Azul celeste e marinho
Veste azul despe a dor
Corta caminho...
Contígua alma
Segue-te calada...
Baby veste azul
Com a cor trocada
Não é nada alterada
A história que é contada.
Veste azul
Apenas para encenar
Um dia de luz vertente.
Verde é a esperança descrente
De que tudo um dia,
Se outeneia em acobreadas maravilhas,
Nas vias findas da tua alma.
Saiba ser Uno, ou se calar.
Não é tão simples
Os Deuses mal o conseguem,
Esbravejam em relâmpagos
De azuis e celestiais tempestades,
Que se antecedem às chuvas de lágrimas pesadas,
O desaguar da ira sobre a Terra.
Baby veste azul,
Que mesclado ao meu vermelho,
Faz a cor do sumidouro do espelho
Espalhar o que agora vai se fazendo passado,
Por mangentadas imagens.



(o meu amor chegou bem perto, e em silêncio reabriu a porta do amor impossivel)



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