sábado, 13 de dezembro de 2008

A quem me ouve.

Estou encerrando as postagens para balanços e reparos,
além de muito trabalho prático pela frente, e uma nova experiência
em roteiro com cenários retrô.
Ainda não sei se terei tempo para tanto,
mas a idéia me fascina, apesar de assustar um pouco, devido à personagem que
escolhi para ser a dona da história que precisa ser contada.
E também para ficar em of-line e rever alguns gestos que pesam sobre outros conceitos.

beijos e feliz décimo terceiro, panetone, espumantes, luzes coloridas,fitas, roupas novas, badaladas e badalações, badulaques e bajulações,
e tudo o que faz da noite de OZ um paliativo para aquecer a frieza das imagens que não constam na lista de Santa-Coca-Claus-Cola!

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Vi quanta diferença
tem a fala,
desde que o corpo
guarde possível poder.

Somatização.

Chega à garganta o estômago.

Nada mais me (des)encanta.
Nem um canto de ingênua sereia.
Nem a trama dessa teia,
em que sou presa por mim mesma...

A acidez corrói o esôfago.

Queria que alguém me dissesse:
"Falta pouco, falta pouco..."

Mas nada mais se acelera,
os venenos congestionam a traquéia,
e é só isso que acontece.

Meu corpo por hora padece,
dos castigos que imponho a mim mesma...
Parece-me que não se esclarece
nada desse sórdido complô.

Quanto mais eu dou voltas,
mas distante fico do meu amor.

O meu amor que nunca foi doce,
tão frágil e visceral,
como um pobre cristal,
em pedaços se espatifou.

Ah, meu amor,
numca mais cirandinha,
nunca mais uma rosa riu para mim,
nunca mais um carinho secreto,
nunca mais um anel,
nunca mais nada pra mim.

Desprezo, sim.
Omissão, sim.
Silêncio, sempre.

Eis a virtude
travestida de precaução.

E que pare de bater,
se quiser,
meu suicida coração.
Se meu coração suicida
ao menos parasse de bater...

mas ele bate e bate,
espanca-se até doer, doer...

Se minha língua frívola
emudecesse o seu dizer...

mas insensata fala,
e se cala apenas ao padecer...

Se meu corpo enfraquecido
não mais resistisse em sobreviver...

mas ele resiste
das sobras desse entristecer...

(para meus amigos omissos)

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