sexta-feira, 4 de junho de 2010

Prisões

Era para ser uma saída e foi uma entrada  obstruída no vão da liberdade.
Dentro de mim o inferno ecoa em palavras que povoam meu pensamento turbulento.
Minhas "personas" aniquilam-se umas as outras e a Vamp ainda se esconde por trás de portas
entreabertas, mas não dorme, tampouco morre, absolve os degetos e os transforma em efeitos.
Talvez ela surja em inesperado momento escrevendo o que vem acontecendo e que foge aos limites que ela nunca impõe, mas sabe abranger em atitudes mais sensatas e língua mais mordaz, até sordida. 
A Vamp permite que o externo prolifere em angústias causadas por dores que vão sendo maturadas em respostas ácidas. Ela é a Vingadora de todas as outras, e para voltar, é preciso que a porta por hora aberta, seja fechada, mesmo que a "persona" atual precise ser sacrificada no meu corpo físico e dentro dele trancafiada, como um ser insano... A Vamp é capaz de matar qualquer outra persona, para através da dor, como uma expiação, e através da aniquilação desta, ela se salvar, salvando a mim mesma da minha liberdade descontrolada.

Esperemos pois que a Vamp determine enfim, a hora de voltar, mesmo que para isso eu precise ser temporariamente silenciada.
O processo é lento e doloroso, mas valoroso é o expurgo dos males que a minha persona atual provoca em mim mesma.

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