Assim que a luz me foi dada a sentença da escuridão foi declarada. Não há culpado, nem vítima, nem réu, há apenas a sentença... Abaixo do céu nada mais há senão a fatalidade.
Se seguir silenciada fosse uma solução eu já estaria salva... mas não. Independe do meu silêncio. há toda uma condição (des)humana a ser seguida mesmo que em falsidade. O mundo é feito de aberrações quem não se adequa sofre as condições legitimadas na hipocresia. Pense, mas não fale. Observe e se cale assim talvez consiga-se permanecer às claras mesmo em plena escuridão.
o sorriso sobressai-se entre transeuntes anônimos os gestos em passos espaços sortidos caminhos cruzados Alma em devaneios proucrava os olhos entre olhos alheios...
de perto abria-se o deserto dentro de outro sorriso matando a esperança num olhar impreciso...
na outra margem em dado momento sem medo sem sina era outra imagem sem nenhum tormento no olhar da Menina.
(...) este é o espaço negro onde deixo eternizada a loucura da minha alma. Pode ser que em meio a um surto eu apague tudo, e nenhuma luz minha seja vista. Porque às vezes eu sinto necessidade de me apagar, me excluir, sem aviso prévio, e sem explicações que levem a detalhes corrosivos. Obrigada a quem tem vindo aqui.