segunda-feira, 23 de agosto de 2010

contra corrente

não sei quantas vezes na vida já morri.
não sei quantas vezes na vida já sangrei.
e nem tampouco contei as vezes que ceguei
de tanto ir seguindo contra os prós,
já é muito mais doloroso que seguir contra o sol.
até porque, se a luz vier em contra corrente,
pode-se até sobreviver à mesma vida,
porém, no mínimo, às escuras.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

traços do desespero


crédito: raphaelrighetto.wordpress.com/.../

Condição

Assim que a luz me foi dada
a sentença da escuridão foi declarada.
Não há culpado, nem vítima, nem réu,
há apenas a sentença...
Abaixo do céu
nada mais há senão a fatalidade.

Se seguir silenciada
fosse uma solução
eu já estaria salva...
mas não.
Independe do meu silêncio.
há toda uma condição (des)humana
a ser seguida mesmo que em falsidade.
O mundo é feito de aberrações
quem não se adequa sofre as condições
legitimadas na hipocresia.
Pense, mas não fale.
Observe e se cale
assim talvez
consiga-se permanecer
às claras mesmo em plena escuridão.

AnnaLee

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

não era quem surgia...

o sorriso sobressai-se
entre transeuntes anônimos
os gestos em passos
espaços sortidos
caminhos cruzados
Alma em devaneios
proucrava os olhos
entre olhos alheios...

de perto
abria-se o deserto
dentro de outro sorriso
matando a esperança
num olhar impreciso...

na outra margem
em dado momento
sem medo sem sina
era outra imagem
sem nenhum tormento
no olhar da Menina.

AnnaLee

degradação

entre o vão vazio
da realidade e a alienação
há um espaço frio
que restringe
a interpretação...

todos com seus dedos sujos
sorriem entre dentes
apontam erros escusos
como se fossem deuses
catalogando "gentes".


AnnaLee

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vitimados

Quebra-se
em quebrantos
em querelas
muitas quimeras.

Ora-se
Chora-se
erra-se
perde-se
enterra-se...


AnnaLee

Inverno

se tudo
seca
serve-se
senhas
sentenças
setas
se tudo
segue
sedenta
sede
sequelas...


AnnaLee

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