quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Cartão Postal

Rasguei a seda
Que o bicho criou.
Desfiz-me da renda
Em que envolvi o amor.

Teu nome eu escrevo
Nos lugares onde estou.

Meu amor, meu amor, meu amor...

E você nada vê
Além da minha doença.
Minha obsessão é a crença,
De que você tem um coração.

Você também tem um coração,
Tolo, fraco, controlado pela razão.

Eu deixarei pistas por onde passar,
Esperando iludida que você vai me achar.
No meio das feridas expostas e cruas,
Eu grito teu nome no desespero das ruas.

Meu amor, meu amor, meu amor...

Se você fosse de papel,
Seria crepom, seda, manteiga, madeira...
Seria tão bom, te amassar e jogar na lixeira.

Mas eu gosto de papel,
Seja seda, manteiga, madeira, crepom, ou o que for,
Onde te escrevo e desenho, e bordei sobre um céu colorido,
Com fios de ouro em estrelas douradas
E com uma lua em veludo bordô.

Meu amor, meu amor, meu amor...

Seguidores