quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Avisos embutidos em entrelinhas de sonhos.

Na manha seguinte a noite em que o Leão me levou para uma reunião cujo intuito era serenizarmo-nos, eu acordei de um sonho que se fazia no mínimo, um alerta. Ei-lo.
Era dia, e não noite, então tudo estava as claras, e nos dois saiamos fugidos de um prédio não identificado numa rua idem, mas eu sabia quem éramos e onde estávamos, mas talvez nao entendesse - naquele instante - o motivo da saída apressada.
Havia um automóvel sem idetificacao de modelo ou fabricante, era apenas um automóvel parado em frente ao prédio de onde saiamos.
O Leão, parecendo um pouco apavorado, levava-me a entrar no auto com ele, tudo muito as pressas... Após instalados mas não deveras acomodados dentro do auto, quando ele ligava a ingnicao para dar partida, eu simplesmente, num arrobo de incrédula decisão, abria a porta e saia. Ele, com ar estupefacto, me gritava em urgência de entendimento e aceitação, quase me ordenando:
"Você precisa fugir comigo!"
E eu com firmeza e convicção, respondia,
"Mas eu não quero fugir, eu quero ficar..."
Acordei sem saber se ele fugia sozinho, sei apenas que eu não fugia.
eu não sou de fugir de nada, eu sou de ficar e enfrentar o que me atormenta ou me aterroriza. Sou de ficar e enfrentar o meu predador, que pode estar absolutamente enclausurado dentro de mim...
E fugir com um Leão que ainda não sabe para onde ir, apesar de possuir futuro endereço?
Não.
As coisas precisam ser enfrentadas dentro dos velhos endereços que contraímos dentro de nos, onde estão as nossas históricas confusões conflitantes, não adianta mudar de endereço, comprar moveis novos, utensílios, roupas, e se manter confinado no passado, porque em absoluto se consegue abrir caminhos novos enquanto os velhos não tiverem sido devidamente percorridos.
O Leão não me leva para ver um bom filme, ou assistir um bom espetaculo, mas quer que eu fuja com ele para dentro do mundo desgovernado em eterna inercia em que ele vive atualmente - ao menos metaforicamente.
Perdão, mas se e para fugir, fujo eu sozinha para dentro de mim mesma, porque e aqui dentro, perdida, desesperada, despreparada, que encontro as partes faltantes do quebra-cabeça que e a minha vida.

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