E então
virá o ermo
o escuro
sem nada
sem preço
total desterro
um corpo morto
não mais carece
nem de apreço
nem de esmero
nem de enterro.
Depois
o espírito
Jaz tão
desprendido
do amor
da agonia
da alegria.
Nada mais
de cerimônia
de atenção.
Virá a putrefação
o corpo ôco
será apenas
mais um
cadáver
um
templo
destruído
carne
sem serventia
para o amor
humano
para o ódio
humano
para
o consumo.
Deixem
que vire
húmus
para alimentar
outros
vermes
que adubam
terra
que fertilizam
a mesma
cova
abrigando
no mesmo útero
outros
tantos
mortos
tantos
vivos
todos
mortos.
AnnaLee
Síncope, sinícope, sínica...
Há 14 anos