Deixo o desespero descrito em atos insanos,
fatos sem afirmações.
Uma boca suja
velha e calada
na escuridão.
Um amor esdrúxulo.
quase nenhum amigo.
A covardia rente a coragem
de um dia ter existido.
Palavras,
lavas de amor
e amargura.
Lágrimas cruas
pura
solidão
exposta
nos rostos
(s)em
respostas
impostas
nos gestos
nas ruas...
Deixo o desprezo,
o despreparo
para o inato,
o raso,
o claro.
A omissão,
a abjeção
a força perdida
nas investidas
para alcançar
algo próximo
à paz sem acréssimos.
O tempo existido.
O pedido negado.
O desejo reprimido,
a dor enfurecida,
a aurora enclausurada.
E para os tolos,
a inexistência
da plena flexlicidade.
Deixo os frutos
que colhi,
verdes,
podres,
remetidos,
esquecidos,
destruídos,
carbonizados.
Um corpo
insalubre
livre
de um
espírito
perturbado.
E por fim,
deixo o acaso
como testemunha
omissa
do meu fracasso.
AnnaLee
Síncope, sinícope, sínica...
Há 15 anos