sábado, 27 de fevereiro de 2010

Fragmentos...

Modelando miolo de pão, viu formar-se um tosco dragão.
Afinou a calda e finalizou-a pontiaguda como uma seta.
As asas eram finas e quebradiças, como se calcinadas pelo tempo lendário, porque todo dragão já nasce lenda.
Escancarou e boca para mostrar a força das mandíbulas ocultas, e pode vislumbrar uma língua de fogo feita de algodão.
Pronto o protótipo do que seria um dragão, ela até intencionou enche-lo de cor guache, e transformá-lo num psicodélico dragão de miolo de pão.
E depois disso pensou se ele vendo, sorriria...
“Não...?”
E para não mais se iludir e tornar a abrir as portas daquela prisão, destruiu o dragão de miolo de pão.


(Rute)

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