quinta-feira, 12 de março de 2009

Eu gosto de ter o meu corpo aconchegantemnte abraçado pelos braços deste corpo que ele diz ter sido uma dia abduzido, clonado e devolvido à Terra usando a vida mundana do seu outro Eu que agora vive no lugar dele, lá em Júpiter.
(Por que todos os loucos que dizem pertencer a outro planeta, sempre se dizem vindos de Júpiter? Lembram-se de Júpiter Maçã? Ouvi vários destes lunáticos dizerem ser de lá, de Júpiter. Por que não da Lua? Ou seja, um ser humano aparentemente normal, em dado momento da sua normalíssima vida, sem que nunca tenha usado alucinógenos - como benzina, por exemplo - em toda a sua vida, de repente, sem quê e nem pra quê onde, vê-se abduzido, levado para uma nave dentro de um imediato e irreversível contato, é clonado, e, enquanto o seu clone toma seu lugar na Terra, ele, o cidadão comum, carnívoro, sem hipotecas, cumpridor do seu dever, passivo - apesar de carnívoro - é levado para Júpiter e descobre que só lá é que suco de laranja pode ser tão alucinógeno quanto benzina. Enfim.)

Talvez seja realmente por isso que me sinto tão confortavelmente bem e à vontade com ele, porque ele pode até ter vindo de Júpiter, para mim, que não sei de onde vim, ele é uma feliz companhia.
Feliz companhia porque ele não me quer o suficiente para me querer como companheira.
Pena.
Mesmo.


(Júpiter, agora mais completo)

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