terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Parece-me que não se esclarece
nada desse sórdido complô.

Quanto mais eu dou voltas,
mas distante fico do meu amor.

O meu amor que nunca foi doce,
tão frágil e visceral,
como um pobre cristal,
em pedaços se espatifou.

Ah, meu amor,
numca mais cirandinha,
nunca mais uma rosa riu para mim,
nunca mais um carinho secreto,
nunca mais um anel,
nunca mais nada pra mim.

Desprezo, sim.
Omissão, sim.
Silêncio, sempre.

Eis a virtude
travestida de precaução.

E que pare de bater,
se quiser,
meu suicida coração.

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